Lais Lima Sobreira[1]
A
sociedade contemporânea se delicia em meio ao caos travestido de progresso. Não se pode negar que a indústria de mídia
cada vez mais assume o seu papel informativo. No entanto, nada mais faz do que
apenas informar. Já estamos inchados de tanta informação: Necessitamos agora de
medidas práticas e aplicáveis. Mas muitas vezes tenho a sensação de que quem
deveria fazer algo por nós não está nem aí. Nesse meio, estamos cada vez mais passivos
a encarar cenas violentas e não se comover. Nossos olhos ao em vez de lágrimas
vertem sangue, fatalmente violados pela criminalidade.
Mas
é preciso ser atento, pois tem gente lucrando com nossas desgraças,
antropofagicamente alimentando-se do sangue derramado por nossas vítimas
sociais.
Não
sei bem de quem é a culpa, muito embora por vezes pareça que ao em vez de um
telejornal informativo eu esteja assistindo uma encenação burlesca e caricata
que tripudia e consome a desgraça alheia. Os ídolos de nossas crianças são
agora os falsos mediadores da informação que dão vez e voz aos representantes
de facções criminosas que viram astros em suas programações!
Você
então que está aí pode até um dia me questionar sobre de quem é a culpa de
verdade. Talvez dos pais, gestores de uma instituição familiar à beira da
falência, despreparadas e baseadas na falta de princípios e amor. Ou quem sabe
até você pode jogar toda a culpa nas costas dos professores, profissionais maculados
como marionetes rendidas a um meio capitalista que forçosamente faz essa frágil
classe acreditar que tudo é culpa do sistema,
restando a estes mesmos profissionais a tentativa de ostentar a falsa
sensação de Status social. Quem sabe ainda a culpa seja da própria escola,
usuária da metodologia do fracasso, que encara a educação como uma Instituição Empresarial? Com tudo isso
sinto uma irremediável vontade de retornar ao nosso tema inicial sobre o caos
gerado pela violência. E o quê fazemos diante disso tudo? Nada! Mas não espere soluções...
Não espere nada! Faça! Pois ou fazemos algo ou apenas ficamos assim, parados no
meio do caos esperando para jogar a culpa em alguém...
[1]
Lais Lima Sobreira é
Professora de Educação Artística e língua Portuguesa de Escolas da Rede Privada na cidade de Santa Rita na Paraíba.
Formada em Educação Artística com habilitação em Artes cênicas pela
Universidade Federal da Paraíba, está em processo de conclusão do Curso de
Especialização em Psicopedagogia pela IESPA/Santa Rita e está no terceiro ano
de Letras na mesma Instituição de Ensino Superior.
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