quinta-feira, 25 de abril de 2013

Ambiguino Pleonástico




favor,volte minha coroa
sem ele não me sinto rei
com essa dor que me coroa
corroa logo e que não tem

se um trem mineiro me abatesse
seria bem melhor assim
não sei viver sem minha velha
é velha mas serve pra mim

se a coroa não vier
de quatro eu vou esperar 
espero que não se demore
meu coração vai quebrar

sem ela sinto uma falta
ao ver a minha bicicleta
onde cruzamos muitas rotas
num caminho só meu e dela

preso nesta minha corrente
de amor e comunhão
vens pensar,incoerente
desconhece essa canção

coroa, minha coroa
aonde fostes parar?
meu peito chora à toa
meu reino não vai suportar

amada confidente minha
sozinha és tão imponente
porém sem a tua companhia
Rainha, torno-me impotente

perdoe esta confusão
sem ti não posso pensar
e brinco com estas palavras
pra não vir logo a chorar

sob este pleonasmo
travestido em poesia
tento não ficar tão pasmo
diante desta agonia

é coroa de vestir?
ou de velha que morreu?
e porque veio a sumir?
porque desapareceu?

cheio de ambiguidade
redundante e resoluto
crio verso de verdade
obtuso ou de luto?

use o seu português
para poder decifrar!
ou então vire freguês...
do Português lá do bar...



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